Com a quarta menor resistência defensiva, Bahia recece o segundo ataque mais eficiente da Série A e precisa decidir se poupa atletas para a Libertadores Ceni se irrita com pergunta de jornalista após derrota do Bahia Segunda-feira, o Bahia vai precisar de muito cuidado com a bola aérea do Ceará, já que o time fez sete dos últimos dez gols dessa forma (10 dos últimos 13), e antes de perder para o Cruzeiro (3 a 0) com três gols rasteiros, na rodada passada, o Bahia havia sofrido sete gols consecutivos após bolas altas, seis em cruzamentos, principalmente da direita de sua defesa, esquerda do ataque adversário. Dos últimos dez gols a partir de bola aérea do Ceará, oito nasceram do outro lado, direita de seu ataque, mas é um especialista. A derrota para o Cruzeiro interrompeu a segunda sequência invicta do Bahia neste ano. Na primeira, foram 12 jogos sem perder (8 V, 4 E, 78% em jogos de Baiano, Copa do Nordeste e Libertadores). Após uma derrota (Jacuipense 2 a 1 na semifinal do Baiano), foram mais 12 jogos sem perder (6 V, 6 E, 67% em jogos de Baiano, Brasileiro, Copa do Nordeste e Libertadores). Desde que o Brasileirão começou, o Bahia teve 1 V, 4 E, 1 D. Gato Mestre O Ceará também já teve uma grande invencibilidade nesta temporada, de 14 jogos (11 V, 3 E, 86% em jogos de Cearense, Copa do Nordeste e Copa do Brasil). Essa série invicta foi interrompida exatamente pelo mandante Bahia (3 a 2), na Copa do Nordeste, no jogo anterior à estreia no Brasileirão. Para tentar escrever uma história diferente desta vez, o Ceará conta com a eficiência de seu ataque, a segunda melhor neste início de Brasileirão, com um gol marcado a cada 5,7 tentativas, importantíssima porque a equipe está com a quarta menor produtividade ofensiva (40 finalizações e média 10,0). Cada jogo tem sua história, mas com os três gols sofridos contra o Cruzeiro, a defesa do Bahia passou a ter a quarta menor resistência defensiva do campeonato, um gol sofrido a cada 6,6 conclusões contrárias, ainda que seja a oitava defesa que menos permite finalizações de adversários (11,5 por jogo em média). Combinação de baixa resistência com vulnerabilidade aérea contra um especialista é um risco imenso para a recuperação do Bahia frente a sua torcida. Com dois gols de Pedro Raul, Ceará bate o Vasco Frente a tamanhas ameaças, o Bahia tem decisões importantes a tomar, já que recebe o Ceará na segunda-feira e, na quinta-feira seguinte, enfrenta em casa o Atlético Nacional-COL pela terceira rodada da Libertadores. A equipe baiana é a segunda colocada de seu grupo com os mesmos quatro pontos do líder Internacional e apenas um ponto de vantagem na classificação sobre os colombianos, terceiros colocados. Depois de três dias, enfrentará o Palmeiras, em São Paulo. Seria de supor que poupasse jogadores antes do jogo da Libertadores, principalmente porque o Ceará terá semana livre até receber o São Paulo, no sábado da semana que vem, podendo colocar energia extra em campo em Salvador, o que desgastaria os titulares do Ba. No Brasileirão, a produtividade do Bahia é apenas mediana (11,3 finalizações por jogo), assim como sua eficiência (um gol a cada 11,3 tentativas ou um gol por jogo). O Ceará tem sido mais vulnerável, a quarta equipe que mais sofreu finalizações (56 e média de 14,0 por partida) com a mediana resistência de um gol sofrido a cada 11,2 conclusões contrárias. É essa dificuldade para impedir finalizações adversárias que o Bahia deve explorar, pois tem o mérito de praticamente sempre finalizar de perto do gol: mesmo sendo apenas o 11º ataque em finalizações (45 e média de 11,3 por jogo), é a terceira equipe que mais finalizou de dentro da área (37 e média 9,3). Nada menos que 82% das finalizações do Bahia são feitas de dentro da área e isso reflete no nível de ameaça das características de suas conclusões: sendo o 11º em finalizações, aparece como o sétimo no ranking de xG, com potencial para marcar até cinco gols (4,8 xG), embora tenha feito quatro gols, reflexo da eficiência mediana. Com a necessidade de dividir suas energias entre Brasileirão e Libertadores, com viagens longas e a celebração por ter conquistado sua primeiro vitória internacional na competição, o Bahia começa o nacional apenas na 18ª colocação (antepenúltimo, com três pontos ganhos, enquanto o Ceará está empolgado lá na quarta colocação, com sete pontos. Um trinfo do Bahia, no entanto, junta novamente as equipes. E o Ceará também sabe disso. Conheça a análise dos outros jogos da rodada clicando nos links abaixo Sábado 16h Corinthians x Sport 18h30 Vasco x Flamengo 21h Grêmio x Internacional Domingo 11h Juventude x Mirassol 16h São Paulo x Santos Atlético-MG x Botafogo 18h30 Fluminense x Vitória Fortaleza x Palmeiras 20h30 Bragantino x Cruzeiro Segunda-feira 20h Bahia x Ceará *Gato Mestre é formado pelos jornalistas Arthur Sandes, Davi Barros, Guilherme Giavone, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Ingrid Fernandes (estagiária), Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira e Valmir Storti e pelos cientistas de dados Paulo Pestana e Vitor Patalano.